sábado, 23 de maio de 2009

Destino Brasil

Com suas dimensões continentais e sua diversidade cultural, ambiental e cênica, o Brasil destaca-se mundialmente como um dos mais ricos destinos de turismo ligado à natureza.

O país, desde a chegada dos colonizadores, tem sua imagem intimamente ligada à natureza, e antes mesmo de ser conhecido por Brasil - nome de uma árvore - era, como todo o resto da América do Sul, citado em antigas cartas de navegação como Terra Papagali - Terra dos Papagaios.

Esta vocação "ambiental" tem chamado a atenção tanto de operadores e agentes de viagens, como de viajantes brasileiros e estrangeiros, principalmente após a realização no Rio de Janeiro do mais importante encontro internacional já realizado de ambientalistas e ecologistas: o Rio-92 (Unced 1992).

Por estarem diretamente ligados ao meio ambiente, o ecoturismo e o turismo sustentável devem deixar de observar as fronteiras políticas brasileiras - estados e regiões - familiares ao turista convencional, passando a "enxergar" uma região sob o ponto de vista geográfico e natural, isto é, por seus diversos biomas, ecossistemas, com suas respectivas cidades-acesso.

 No caso do Brasil, com esta "visão natural", o ecoturista deve planejar suas viagens, qualquer que seja seu interesse específico, sem se importar com o fato de que o Pantanal, por exemplo, tem sua área compartilhada pelos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Para este "viajante especializado", a importância de seu interesse e de seus planos de viagem está muito mais no conteúdo do destino, ou seja, a flora, a fauna e a cultura pantaneiras, que podem ser visitadas a partir das principais cidades-acesso: Campo Grande e Corumbá, no Mato Grosso do Sul, ou Cuiabá, no Mato Grosso.

A partir desta visão ambiental, geográfica, do Brasil, pode-se sugerir ao ecoturista que pretenda conhecer o país e suas belezas naturais, que planeje suas viagens tomando como base seus biomas e ecossistemas: Mata Atlântica, Regiões Serranas, litoral e ilhas oceânicas, Amazônia, Cerrado e Chapadas e Pantanal.

Mata Atlântica e Regiões Serranas

O ecossistema Mata Atlântica acompanha o litoral brasileiro, sendo a região mais visitada pelos turistas brasileiros e estrangeiros. Nele se situam muitas das principais cidades brasileiras: Rio de Janeiro, Salvador, Curitiba, Natal, Porto Seguro e Recife, muitas das quais são também acesso para outros ecossistemas, como o Cerrado e as Regiões Serranas.

Primeiro contato dos colonizadores com o Brasil, há quase cinco séculos, a Mata Atlântica vem sofrendo intenso processo de ocupação e conseqüente devastação, em decorrência da implantação e desenvolvimento de grandes cidades que aceleram mais ainda o processo de degradação, expondo a fauna e a flora a sérios riscos de extinção. Antes caracterizada por florestas densas e ricas em espécies vegetais, ainda com remanescentes de uma das maiores biodiversidades do planeta, a Mata Atlântica, com menos de 5% de sua vegetação original, é o ecossistema brasileiro mais ameaçado pela ocupação humana.

Com um relevo que varia desde o nível do mar até 2 mil metros de altitude e é responsável por seu clima e temperaturas peculiares, a Mata Atlântica tem rios e córregos que se transformam em cachoeiras e cascatas e apresenta serras e cadeias de montanhas que ainda possuem nichos de matas com rica flora e fauna. Estas regiões montanhosas permitem inúmeras atividades ecoturísticas e, sobretudo, práticas esportivas como caminhadas, campismo, canoagem, rafting, alpinismo e montanhismo.

Na cidade do Rio de Janeiro encontra-se a maior floresta urbana do mundo, o Parque Nacional da Tijuca, com uma área de 3,3 mil hectares, em cujo ponto culminante, o Corcovado, encontra-se um dos símbolos da cidade: a estátua do Cristo Redentor. Um dos pontos mais visitados por turistas que vêm ao Brasil, a Floresta da Tijuca permite a ecoturistas caminhadas e observação de vida silvestre. Também no Parque encontram-se a Pedra da Gávea, cujo cume está a mais de 800 metros acima do nível do mar e pode ser alcançado através de caminhada, e a Pedra Bonita, com rampa para decolagem de vôo livre e parapente.

Na Mata Atlântica encontram-se diversos parques e reservas exuberantes, apesar da pouca infra-estrutura de alguns, com a hospedagem fazendo-se em geral em hotéis e pousadas nos seus entornos. Entre eles estão o Parque Nacional do Iguaçu, no estado do Paraná; o Parque Nacional de Aparados da Serra, no Rio Grande do Sul; o Parque Nacional de Itatiaia e o da Serra dos Órgãos, no estado do Rio de Janeiro; o Parque Nacional de Caparaó e da Serra da Canastra, no estado de Minas Gerais.

Aos espeleólogos amadores e profissionais é importante informar que a maioria das cavernas brasileiras se encontra na Mata Atlântica, no Cerrado ou em sua transição, sobretudo nos estados da Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco e São Paulo. Só no estado de São Paulo, no Parque Estadual Turístico do Alto do Ribeira (Petar), existem mais de 200 cavernas, das quais cerca de 40 permitem visitação acompanhada por guias especializados, para pessoas adequadamente vestidas e equipadas. Licença, guias e aluguel de roupas e de equipamentos podem ser obtidos em agências especializadas próximas às áreas de ocorrência das cavernas.

Litoral e Ilhas Oceânicas

No Brasil é possível ir à praia o ano inteiro. A costa litorânea, que se estende do Rio Grande do Sul ao Amapá, tem mais de 7 mil quilômetros recortados por centenas de praias (muitas ainda semi-selvagens!), costões, enseadas, dunas, falésias, ilhas e restingas. Se no litoral do Nordeste as chuvas se concentram no outono e no inverno, no Sul e Sudeste elas são mais constantes no verão. Assim, basta traçar um roteiro programando a melhor época para perseguir o sol de cada local e conhecer as praias, fazer trekking pelo interior de ilhas e explorar baías em passeios de escunas, iates e até mesmo em modestas jangadas de pescadores.

Com um regime de ventos ideal para velejadores, a costa brasileira atrai uma parcela enorme de pessoas para a prática de esportes náuticos. Um dos locais mais cobiçados para isso é Búzios, no Rio de Janeiro. Mas o iatismo se estende por todo o país - e tem tão bons velejadores que, desde 1948, o Brasil participa de todas as competições olímpicas de vela.

O mergulho livre e autônomo pode ser feito principalmente a partir de cidades como Rio de Janeiro, Angra dos Reis, Parati, Búzios (todas no estado do Rio de Janeiro), Recife (Pernambuco), Ubatuba e São Sebastião (São Paulo), Natal (Rio Grande do Norte) e São Luís (Maranhão), entre outras. O ponto alto do mergulho no Brasil se faz no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha e no Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, onde, entre os meses de julho e outubro, podem ser observadas baleias jubarte, além de uma riquíssima fauna aquática.

Um roteiro turístico pelas praias pode ser traçado tendo como ponto de partida o Rio de Janeiro, o principal portão de entrada de turistas no país. Localizada na região de economia mais dinâmica do Brasil, a aproximadamente uma hora de vôo de algumas das maiores cidades brasileiras - como São Paulo, Belo Horizonte e Brasília - a cidade do Rio de Janeiro é servida por portos, aeroportos, rodovias e ferrovias que a interligam a todo o país - e à América do Sul e ao mundo. Conhecida por suas belezas naturais e seu intenso movimento cultural, a atividade turística do Rio de Janeiro está apoiada numa grande rede de hotéis, centros de convenções e feiras que, ano a ano, acolhem um número maior de visitantes.

Seguindo pela costa, o turista que estiver no Rio de Janeiro pode dirigir-se tanto para o Sul como para o Nordeste do país. De carro, em direção ao Sul, o trajeto é pela Rio-Santos - estrada de 550 quilômetros que liga o Rio de Janeiro à cidade de Santos, no estado de São Paulo. A estrada reserva uma paisagem que mistura planícies, montanhas e vales junto a uma costa esplendorosa. O primeiro ponto de parada obrigatória é Angra dos Reis, um paraíso com 365 ilhas e cerca de 2 mil praias, onde se destaca a Ilha Grande.

Logo depois de Angra fica a histórica Parati. Além de suas ruas estreitas e casarões de cidade colonial preservada, Parati tem praias e ilhas que valem a pena conhecer, como Trindade, Brava, dos Ranchos, Figueira e Caxadaço. Em noites de lua cheia, é possível passear de barco e ver as ardentias, plânctons que brilham como purpurina nas águas.

Seguindo estrada, logo se alcança o estado de São Paulo e as praias de Ubatuba, Caraguatatuba, Ilhabela e São Sebastião. Neste trecho está uma das partes mais bonitas do litoral norte paulista. Seguindo mais ainda para o sul, chega-se a uma região onde há extensas áreas preservadas de Mata Atlântica. Ai fica o Lagamar, uma grande faixa ao longo da costa, onde estão algumas das mais importantes unidades de conservação da Mata Atlântica, entre as quais a Estação Ecológica Juréia-Itatins e a Ilha do Cardoso.

Entre as praias do Sul, uma das maiores atrações fica no estado de Santa Catarina.  Florianópolis, sua capital, é dividida em duas partes - uma continental e outra na ilha de Santa Catarina, onde é chamada de "Floripa". Encanto dos turistas, a ilha tem mais de 40 praias, entre as quais a da Joaquina, onde se realizam alguns dos mais concorridos campeonatos de surfe do país e do circuito mundial. Santa Catarina tem também praias para quem quer badalação (Camboriú), mergulho (na península onde ficam Porto Belo e Bombinhas) e história (São Francisco do Sul), com construções dos séculos XVIII e XIX, além de praias de areias brancas e passeios de barco por sua baía.

Voltando-se agora para o Rio de Janeiro e seguindo para o Nordeste, um primeiro ponto turístico fica na região dos Lagos, na chamada Costa do Sol, onde ficam Búzios e Saquarema, um dos melhores locais para a prática de surfe. Mais ao norte fica o estado do Espírito Santo, onde o principal pólo turístico se encontra em Guarapari, cidade onde há areias monazíticas e mais de 20 praias banhadas por águas transparentes. Continuando em direção ao Nordeste chega-se à Bahia, porta de entrada de uma das regiões onde o litoral é particularmente charmoso, com praias e ilhas formando um cenário de sonhos.

À beira do mar da Bahia fica o Monte Pascoal, primeiro local avistado pelos navegadores portugueses em 1500, localizado no chamado Quadrilátero do Descobrimento - formado por Trancoso, Arraial da Ajuda, Porto Seguro (segundo pólo turístico do Nordeste brasileiro, perdendo apenas para Salvador) e Santa Cruz Cabrália. Se há cinco séculos os portugueses se encantaram com a beleza natural da região, o que não dizer de quem a descobre hoje, quando percebe que nas praias e arredores ela preserva o mesmo encanto dos tempos passados, descritos por Pero Vaz de Caminha em sua Carta da Descoberta?

 O litoral da Bahia também reserva outros atrativos. O Parque Nacional Marinho de Abrolhos, por exemplo, onde os mergulhadores se encantam com extensos corais; as cidades do ciclo do cacau, como Ilhéus, encravada numa região de praias quase desertas, como Camamu e Barra Grande; Morro de São Paulo, vilarejo na ilha de Tinharé, alcançado de barco a partir da cidade de Valença e onde o mar de águas calmas forma piscinas naturais e as praias são quase desertas; Itaparica, ilha em que convivem lado a lado um dos maiores complexos hoteleiros do país e a tranqüilidade de vilarejos onde o tempo parece ter parado. E, é claro, Salvador, capital da Bahia, onde as praias de areias brancas misturam-se aos prédios e à arquitetura colonial da primeira capital do país, à alegria que reina o ano inteiro, à musicalidade, ao misticismo e à religiosidade, marcas do povo baiano.

Saindo de Salvador em direção ao norte, é possível traçar um roteiro de carro pela Linha Verde, caminho que liga a Bahia ao estado de Sergipe. São 142 quilômetros de estrada, com boa sinalização, margeando a costa. No trajeto, o visitante vai encontrar imensos coqueirais, lagoas, cachoeiras e dunas na Praia do Forte, além das praias de Imbassaí, Porto Sauípe, Sabaúma, Baixio, Sítio e Mangue Seco, ponto final da Linha Verde e onde só se chega de barco, a partir da cidade de Pontal. Aracaju, capital do pequeno estado de Sergipe, é uma metrópole com encantos de província, que oferece praias e artesanato regional em cerâmica, couro e madeira.

Em Alagoas, estado vizinho de Sergipe, é comum o visitante encontrar piscinas naturais no mar de águas verdes. Além da capital, Maceió, com suas belas praias, em Alagoas ficam as cidades litorâneas de Coruripe, Barra de São Miguel e Marechal Deodoro, esta com a badalada praia do Francês. Para quem quer tranqüilidade, uma opção é a colônia de pescadores de Barra de Santo Antônio.

A próxima parada é o estado de Pernambuco, onde uma das praias mais procuradas é Porto de Galinhas, com suas piscinas naturais e águas azuis, boas para o mergulho. A capital, Recife, com seus canais, é banhada pela praia de Boa Viagem, urbana e muito freqüentada. Ao visitar Pernambuco, o turista não pode deixar de ir a Olinda, cidade histórica tombada pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade, e às praias da ilha de Itamaracá.

Com 230 quilômetros de litoral, o estado da Paraíba também oferece belíssimas praias. Em Conde, uma pequena cidade próxima da capital, João Pessoa, fica Tambada, a primeira praia naturalista do Nordeste. De Cabedelo, cidade situada na foz do rio Paraíba, saem passeios até a praia fluvial do Jacaré e para a ilha de Areia Vermelha, onde um fenômeno da natureza - um vasto banco de areia que emerge das águas - pode ser apreciado em dezembro e janeiro. Na capital, além de boas praias, quem gosta de madrugar não pode deixar de ir à ponta do Seixas, primeiro local onde o sol nasce no Brasil.

Muito sol, lagoas, praias, culinária típica e gigantescas dunas é o que o turista encontra no Rio Grande do Norte. Entre as muitas atrações destacam-se Tibau do Sul, onde as praias têm falésias e recifes; Natal, a capital do estado; Genipabu, com imensas dunas; e a Lagoa de Jacumã, marcada por uma exótica paisagem.

Mais adiante, o trecho do litoral brasileiro que une as capitais do Ceará e do Maranhão apresenta quilômetros de dunas, que mudam de lugar de acordo com o vento e se comportam como se fossem guardiãs de lugarejos nos quais só se tem acesso com um carro de tração nas quatro rodas. É o caso, por exemplo, de Jericoacoara - ou Jeri, como é conhecida - praia a oeste de Fortaleza, considerada uma das mais bonitas do mundo por sua paisagem rara e variada. O Ceará tem dezenas de praias com grandes extensões. Entre as melhores opções estão as bem movimentadas de Porto das Dunas, com um complexo aquático, a praia do Futuro e praias pouco exploradas, como Morro Branco, em Beberibe.

Fortaleza, a capital do Ceará, é uma metrópole bem servida de hotéis e restaurantes (onde a lagosta é um prato típico) e também oferece boas praias. A leste da capital fica uma das mais conhecidas do estado: Canoa Quebrada. Dizem seus moradores que para descobrir os encantos do lugar o visitante precisa passar pelo menos 24 horas em Canoa Quebrada, convivendo ali com o sol e a lua, símbolos do lugarejo tranqüilo.

Considerada a "capital do reggae brasileiro", São Luís, no Maranhão, transforma suas praias à noite em pistas de dança. A orla é extensa e existem praias tanto urbanas como semi-selvagens. A menos de uma hora de barco da capital fica Alcântara, com suas vistosas ruínas coloniais, praias e recantos ecológicos como as ilhas do Cajual e do Livramento.

Outra atração no Maranhão é o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, formado por 270 km2 de areia. É uma formação geológica rara, com dunas que chegam a 40 metros de altura e lagoas coloridas, formadas pelas chuvas.

Amazônia

A Floresta Amazônica, a maior floresta equatorial do planeta, ocupa uma área com mais de 6 milhões de km2 espalhados por nove países. Sua maior porção - cerca de 60% - fica no Brasil.

Dividindo-a em duas grandes metades encontra-se o rio Amazonas, navegável por grandes embarcações por mais de 6.500 quilômetros, de Belém do Pará, na sua foz no Oceano Atlântico, até Iquitos, no Peru. Resultado da confluência de dois de seus maiores tributários, o Negro e o Solimões, o Amazonas é a calha mestra deste reino das águas, onde uma imensa rede de rios, igarapés e lagos forma estradas naturais e abriga a maior reserva de água doce do planeta - cerca de 20% do total.  

Entre os grandes rios - ou grandes estradas - encontram-se o Branco, o Jari, o Japurá, o Javari, o Juruá, o Purus, o Madeira, o Tapajós, o Tocantins, o Trombetas e o Xingu. Para o viajante que pretende visitar a Amazônia, a natureza, em virtude da forte ligação floresta-rio, oferece como espetáculo maior a sua flora exuberante. Apesar da imensa diversidade animal, a fauna é de difícil observação pelas próprias características das florestas tropicais. Porém, a estimativa de possuir mais de 2 mil espécies de peixes faz da Amazônia um dos principais destinos brasileiros para a pesca esportiva e a observação de peixes ornamentais. Sob o aspecto cultural, o maior interesse recai sobre as comunidades tradicionais - ou povos da floresta: o seringueiro, o caboclo, o ribeirinho e as comunidades indígenas, estas, de visitação proibida.

A melhor maneira de conhecer este planeta-água é através de cruzeiros fluviais ou na estadia em um dos diversos hotéis de selva, os chamados jungle lodges. Com temperaturas normalmente acima de 20º C e devido às características de floresta úmida, a melhor época para visitar a Amazônia é o "verão" - de junho a outubro - quando a umidade do ar é menor.

A Amazônia pode ser visitada a partir de Manaus, cidade situada na margem esquerda do rio Negro, próximo à confluência com o rio Solimões - os dois rios que formam no Amazonas um espetáculo natural de rara beleza, o "encontro das águas", no qual as águas escuras do Negro se juntam às de cor de barro do Solimões e correm lado a lado sem se misturarem, por quilômetros e quilômetros.

Outro importante acesso à Amazônia é Belém, a maior cidade na linha do Equador, situada em um dos braços do rio Amazonas, próximo de sua foz no Atlântico. A capital do estado do Pará também fica próxima à Ilha de Marajó, onde há muitas possibilidades de roteiros ecoturísticos pelos rios, canais naturais, igarapés e manguezais desta ilha de área equivalente à da Dinamarca e maior que o estado do Rio de Janeiro. Outras importantes cidades-acesso da Amazônia são Alta Floresta, Boa Vista, Macapá, Rio Branco e Santarém.

Cerrado e Chapadas

O Cerrado, dominando a região central do Brasil, possui árvores e arbustos de porte reduzido, de casca grossa e caules retorcidos, perfeitamente adaptados aos baixos teores de umidade do ar e ao sol forte, entremeados por campos de gramíneas que permitem a observação de animais. Em virtude do clima estável e previsível, e sobretudo por sua beleza cênica, pode-se dizer que o Cerrado é o ecossistema ideal para a prática de caminhadas e acampamentos.

No Cerrado, pela característica de sua cobertura vegetal e relevo, pode-se avistar com relativa facilidade a fauna regional, constituída por veados-campeiros, porcos do mato, lobos, tatus, tamanduás. Muitas aves podem também ser observadas, destacando-se entre elas os tucanos, codornas, emas, seriemas, gaviões e falcões.

Grandes reservas e parques nacionais encontram-se no Cerrado, entre os quais a Chapada do Guimarães, o Parque Nacional de Brasília, o Parque Nacional das Emas, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e o Parque Nacional da Chapada Diamantina.

Pantanal
 
Situado na região Centro-oeste do Brasil, o Pantanal tem cerca de 250 mil km2 divididos pelos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além de uma porção ao sul da Bolívia e norte do Paraguai. É o ecossistema brasileiro onde a fauna pode ser melhor observada, sobretudo no que diz respeito às aves, das quais há mais de 600 espécies, número superior às espécies existentes em toda a Europa.

O tuiuiú, com seu papo vermelho, plumagem branca, pernas escuras e esguias, cabeça e bico pretos, é considerado a ave-símbolo do Pantanal e faz a alegria dos "safaris-fotográficos", ao lado das araras, águias, colhereiros, cabeças-secas, emas, garças, gaviões, papagaios, mergulhões, marrecos, tucanos etc. A melhor época para observar aves é de maio a outubro, quando ninhais e viveiros naturais chegam a abrigar até 5 mil indivíduos.

 Na época das chuvas - de março a outubro - os rios transbordam, chegando a atingir em alguns pontos até 3 metros acima do leito nos meses de janeiro e fevereiro. Inundando esta imensa planície aluvional, os rios formam baías e corixos, criando ilhas onde os animais se refugiam. Entre os mamíferos, os mais fáceis de serem observados são a capivara, maior roedor do planeta, que chega a pesar 60 quilos quando adulto e pode ser visto em bandos de 10 a 100 indivíduos, além de tamanduás, cervos, porcos-do-mato, antas, ariranhas, lontras e cinco espécies de macacos. Nas matas, difícil de observar por seus hábitos noturnos, encontra-se a onça-pintada, o maior felino das Américas.

A pesca esportiva, permitida fora do período da piracema (em geral entre setembro e janeiro) é uma das atividades mais procuradas neste peculiar ecossistema e em seus rios, como o Cuiabá, Paraguai, Pixaim, Mutum, Taquari e São Lourenço. Com cerca de 300 espécies de peixes, lá se pode pescar dourados, jaús, pacus, pintados, piraíbas, piracanjubas e piraputangas, além da famosa e temida piranha - cuja caldo, prato típico local, é tido como afrodisíaco.

Outro famoso e abundante animal pantaneiro é o jacaré, que pode ser visto se aquecendo ao sol nas margens de lagoas e rios. Ele é um dos pontos altos dos passeios noturnos, quando o brilho de seus olhos reflete a luz das lanternas dos guias e ecoturistas. Outros répteis também se encontram no Pantanal, entre os quais os camaleões, lagartos teiú, jabutis, sucuris e jibóias.

No Pantanal também é possível fazer cruzeiros fluviais em barcos usados em geral para pescarias e que navegam principalmente pelos rios Paraguai, Taquari, Cuiabá e São Lourenço, em roteiros que combinam pesca, observação de animais e visitas a refúgios e reservas naturais.

Ao se falar do Pantanal, é também preciso falar sobre a importante e bem adaptada presença do homem nas fazendas de criação de gado de corte, onde o peão boiadeiro reina absoluto com sua rusticidade, cultura e rico folclore.

Turismo no Brasil

As primeiras estimativas indicam que em 2004, o Brasil recebeu mais de 4,5 milhões de turistas internacionais. O turismo internacional para o Brasil tem crescido acima da média mundial, porém passando por altos e baixos.

Como em outros países, em termos de quantidades de turistas, o mercado doméstico é muito maior que o mercado internacional e o turismo regional da América Latina representa uma fatia importante no turismo internacional.

Cada um desses mercados mostra tendências distintas e em função disso podemos distinguir 5 fases do turismo internacional para o Brasil durante os últimos 20 anos. Durante esse período também houve mudanças importantes no perfil do turismo no Brasil, que espelham as tendências mundiais e fatores locais e regionais.

Fase 1 - Anos Dourados

O turismo para o Brasil cresce bem acima da média mundial, chegando a quase 2 milhões de turistas estrangeiros em 1987. A Embratur mantém escritórios no exterior. O câmbio é favorável e o Brasil é um destino "barato". O grande portão de entrada é Rio de Janeiro, que figura com destaque num anúncio da Bacardi.

Fase 2 - Collor e Candelária

Na virada dos anos noventa, com a crise econômica e o destaque da imprensa internacional para o aumento da violência no Rio de Janeiro, epitomisado pela chacina de meninos de rua em frente à Igreja da Candelária, o turismo internacional entra em crise. Em 1991 o Brasil recebeu a metade do número de turistas que em 1987. O turismo regional da América Latina ganha mais importância. Neste período o Rio perde sua posição de portão de entrada para São Paulo em parte por causa da maior cobrança de ICMS sobre combustíveis para aeronaves.

Fase 3 - Plano Real e Turismo de Negócios

O Plano Real ajuda a mudar a imagem do Brasil e atrai muito turismo de negócios do exterior. O câmbio desfavorável inibe um pouco o turismo a lazer. São Paulo, a capital dos negócios fortalece sua posição. O turismo de América Latina continuou forte.

Fase 4 - Desvalorização

A desvalorização do real no início de 1999, combinado com uma imagem recuperada do Brasil atrai cada vez mais turista a lazer e ajuda a manter o crescimento forte do turismo internacional.

Fase 5 - Crise Argentina - Brasil na Moda

A crise da Argentina mostra a importância do turismo regional no fluxo de turistas internacionais (o numero total cai), porém o número de turistas da Europa e América do Norte continua crescendo. A eleição de Lula ajuda a fortalecer ainda mais a imagem do Brasil e os vôos charters facilitam o preço de viagem para turistas de Sol & Mar. Brasil está na moda.


Mudanças na indústria do turismo no Brasil
 Se compararmos o perfil turístico do Brasil dos anos oitenta com a situação de hoje podemos ver que houve grandes mudanças. O desenvolvimento do turismo de natureza e aventura (principalmente com base no fluxo nacional) e a maior acessibilidade dos destinos nordestinos através de vôos charters significaram a oferta de um número maior de destinos, competindo para atrair um mercado maior de turistas.

Uma comparação de número de turistas internacionais por porta de entrada entre 1986, 1996 e 2003, mostra que São Paulo assumiu o papel de porta de entrada que antes era do Rio de Janeiro. Enquanto o Sul perdeu espaço para o Nordeste. Uma tendência similar pode ser observada através das principais cidades visitadas do Estudo de Demanda Internacional (Embratur). Em 1996, além de Rio e São Paulo as cidades mais visitadas eram cidades da região Sul (Florianópolis, Foz do Iguaçu e Porto Alegre), enquanto que em 2003 o destaque era o Nordeste (Salvador, Fortaleza e Recife).

A previsão é que o Brasil continue crescendo, embora a meta divulgada pelo Ministério de Turismo de atrair 9 milhões de turistas até 2007 pareça ambiciosa. A previsão da OMT é que o Brasil atrairá 14 milhões de turistas estrangeiros em 2020, crescendo a um ritmo médio de 5,2% ao ano desde 2000. Com base na linha de tendência de crescimento histórico 1987 - 2003, a projeção para 2020 seria somente 9 milhões de turistas, crescendo a um ritmo médio de 4,8% desde 2003.

Embora o crescimento do turismo seja desejável, um crescimento desordenado pode ter impactos negativos que acabam por ruir o capital natural e sócio-cultural que são os fundamentos da atratividade de um destino. No Brasil muitos destinos estão com problemas básicos de ordenamento - um exemplo típico é Porto Seguro.

Desenvolvimento Sustentável

Em 1983, a Assembléia das Nações Unidas encomendou um relatório à comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, presidida pela Primeira Ministra da Noruega, Sra. Brundtland. Sua equipe era composta de 22 autoridades internacionais - ministros de estado, cientistas e diplomatas.

O relatório desta comissão, publicado em abril de 1987 - "Nosso Futuro Comum", vem difundindo o conceito de desenvolvimento sustentável, que passou ao uso na linguagem internacional, servindo como eixo central de pesquisas realizadas por organismos multilaterais e mesmo por grandes empresas.

O conceito desenvolvimento sustentável, no informe em questão, tem três vertentes principais:
- crescimento econômico
- eqüidade social 
- equilíbrio ecológico

 induzindo um "espírito de responsabilidade comum" como processo de mudança no qual a exploração de recursos materiais, os investimentos financeiros e as rotas de desenvolvimento tecnológico deverão adquirir sentido harmonioso.

 O relatório de Brundtland traz a seguinte definição:

 "o desenvolvimento sustentável é aquele que responde às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de responder às suas necessidades" 

Esta definição está centrada na sustentabilidade do desenvolvimento econômico e é criticada por vários autores, que insistem que não se pode pensar nas gerações futuras quando parte da geração atual não atende às suas necessidades básicas.

A sustentabilidade do turismo está entrando na agenda da OMT e dos gestores de destinos e assuntos ligados a sustentabilidade estão començando a ter ressonância na percepção do público. O conceito do Destination Scorecard do National Geographic Traveler (2004), que usa 6 indicadores de sustentabilidade para fazer um ranking de 115 destinos conhecidos, teve grande repercussão tanto entre os responsáveis pelos destinos e quanto entre os turistas.

A discussão de sustentabilidade do turismo inclui reconhecer a importância de planejamento a longo prazo e de utilizar indicadores de desempenho que monitoram a valorização econômica, ambiental e sócio-ambiental. 

Também se necessita investir em práticas e tecnologias que permitam minimizar impactos.

Os conceitos de ecoturismo e a atenção dada ao segmento foram fundamentais para chamar atenção para a importância de sustentabilidade do crescimento do turismo e responsabilidade na operação de todo tipo de turismo. Turismo sustentável, porém não é um produto, é um conceito interno. O seu poder de marketing só tem valor quando considerado como ingrediente essencial de produtos de turismo de qualidade, que pode ser ecoturismo, turismo de aventura, turismo cultural e até turismo de sol e mar. 

Conceitos

Turismo Sustentável
Segundo o Acordo de Mohonk

"Turismo Sustentável é aquele que busca minimizar os impactos ambientais e sócio-culturais, ao mesmo tempo que promove benefícios econômicos para as comunidades locais e destinos (regiões e países)."

Ecoturismo
Segundo as Diretrizes para uma Política Nacional de Ecoturismo

 "Segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações."

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Ecoturismo

O ecoturismo é uma forma de turismo voltada para a apreciação de ecossistemas em seu estado natural, com sua vida selvagem e sua população nativa intactos.

Embora o trânsito de pessoas e veículos seja agressivo ao estado natural desses ecossistemas, os defensores de sua prática argumentam que, complementarmente, o ecoturismo contribui para a preservação dos mesmos e para o desenvolvimento sustentável das populações locais, melhorando a qualidade de vida das mesmas.

O ecoturismo é percebido pelos seus adeptos ou tende a ser promovido como:
uma forma de praticar turismo em pequena escala;
uma prática mais ativa e intensa do que outras formas de turismo;
uma modalidade de turismo na qual a oferta de uma infra-estrutura de apoio sofisticada é um dado menos relevante;
uma prática de pessoas esclarecidas e bem-educadas, conscientes de questões relacionadas à ecologia e ao desenvolvimento sustentável, em busca do aprofundamento de conhecimentos e vivências sobre os temas de meio-ambiente;
uma prática menos espoliativa e agressiva da cultura e meio-ambiente locais do que formas tradicionais de turismo.
De acordo com David Weaver, registrou-se o termo pela primeira vez no início dos anos 80.

O Ecoclub.com define-o como um estado ideal de um turismo que:
minimiza seu próprio impacto ambiental;
patrocina a conservação ambiental;
patrocina projetos que promovam igualdade e redução da pobreza em comunidades locais;
aumente o conhecimento cultural e ambiental e o entendimento intercultural;
e que seja financeiramente viável e aberto a todos.

Já a The International Ecotourism Society (TIES) define ecoturismo como a viagem responsável para áreas naturais que conservam o ambiente e melhorem o bem-estar da população local. Isto significa que quem opera e participa de atividades ecoturisticas deve seguir os seguintes sete princípios:
minimizar impactos;
desenvolver consciência e respeito ambiental e cultural;
fornecer experiências positivas para ambos visitantes e anfitriões;
fornecer benefícios financeiros diretos para a conservação;
fornecer benefícios financeiros e poder legal de decisão para o povo local;
Elevar a sensibilidade pelo contexto político, ambiental e social dos países anfitriões;
Apoiar os direitos humanos internacionais e acordos trabalhistas.

A atividade, como presentemente configurada em muitas partes do mundo, é confundida com o turismo de aventura e, de fato, há quem inclua esta última, assim como outras nomenclaturas dadas ao turismo (por exemplo: turismo rural, turismo responsável, turismo ecológico, turismo alternativo, turismo verde, turismo cultural) como partes ou derivações de uma generalização chamada ecoturismo.

O ecoturismo, segundo o documento Diretrizes para uma Política Nacional de Ecoturismo, publicado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com a EMBRATUR e o IBAMA, é um segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações. O Instituto de Ecoturismo do Brasil coloca como condições para a existência de ecoturismo a) respeito às comunidades locais; b) envolvimento econômico efetivo das comunidades locais; c) respeito às condições naturais – conservação do meio ambiente; d) interação educacional - a garantia que o turista incorpore para sua vida o que aprende em sua visita, gerando consciência para a preservação da natureza e do patrimônio histórico/cultural/étnico. Se não houver estas condições não é ecoturismo! Há porém, controvérsias, existindo pelo mundo, ao menos algumas dezenas de tentativas de conceituação do termo e da atividade e seus autores, estudiosos, empresários, prestadores do trade turístico, diletantes e apreciadores de viagens em geral estão longe de alcançar um consenso. Entre os que têm discutido cientificamente a questão no Brasil, pode-se citar Dóris Ruschmann, Zysman Neiman, José Osmar Fonteles, Paulo dos Santos Pires, Paul Joseph Dale, Sérgio Salazar Salvati, Laudo Natsui, Karen Garcia e Laura Rudzewicz. A publicação de material científico sobre o tema no país ainda é tímida em relação ao quanto o ecoturismo se tornou popular através dos veículos da imprensa e no cotidiano dos que apreciam a natureza. Sobretudo ao comparar-se a difusão de estudos sob a forma de livros em relação ao volume de material meramente jornalístico e de divulgação comercial sobre o assunto. Algo que pode contribuir para uma distância entre o que se pretende e alega como ecoturismo e o que de fato se pratica e difunde. Possivelmente, uma das causas para o conflito entre as concepçôes de ecoturismo pelo senso comum e por viés mais criterioso. Em 2008 foi criada a Revista Brasileira de Ecoturismo (www.physis.org.br/rbecotur) que visa suprir essa lacuna e tornar-se referência científica no país. Ele é editada pela Sociedade Brasileira de Ecoturismo e tem periodicidade quadrimestral.

Alguns destinos de visitação, com perfil de ecoturismo no Brasil

Geoparque da Paleorrota, no Rio Grande do Sul.
Região Sul
Banhado do Taim, RS
Parque Nacional do Superagüi, PR
Canyons de Guartelá (Paraná),PR
Itaimbezinho, RS
Geoparque da Paleorrota, RS
Bombinhas, SC
Região Sudeste
Juquitiba, SP
Socorro, SP
Brotas, SP
Cunha, SP
Itatiaia, RJ
Lumiar, RJ
São Pedro, RJ
Nova Friburgo, RJ
Delfinópolis, MG
Ibitipoca, MG
Serra do Cipó, MG
Paranapiacaba, SP
Serra da Canastra, MG
Angra dos Reis, Ilha Grande, RJ
Saquarema,Sambaqui,RJ
Parque Nacional do Caparaó, MG/ES
Região Centro-Oeste
Bonito, MS
Bodoquena, MS
Jardim, MS
Chapada dos Veadeiros, GO
Pirinopolis, GO
Barra do Garças, MT
Chapada dos Guimarães, MT
Cáceres, MT
Região Nordeste
Martins, RN
Floresta Nacional do Araripe, CE
Jacobina, BA
Gravatá, PE
Jericoacoara, CE
Lençois Maranhenses, MA
Chapada da Diamantina, BA
Parque Nacional de Sete Cidades, PI
Parque Nacional de Fernando de Noronha, PE
Quixadá, CE
Bonito, PE
Região Norte
Ilha do Marajó, PA
Presidente Figueiredo, AM
Pico da Neblina, AM
Pico da Lama
Jalapão, TO
Santarém, PA
Atividades consideradas ecoturismo

Esta é uma lista de actividades por vezes consideradas dentro do ecoturismo. Têm em comum o facto de serem praticadas em meio ao ambiente natural; no entanto, algumas têm suficiente impacto ambiental para não serem consideradas boas práticas pelos ecologistas, p. ex. o canyoning em trechos de rio usados para nidificação de aves de rapina.

Tirolesa

A chamada tirolesa é a prática da travessia de montanhas, vales ou canyons, por meio de cordas, utilizando uma roldana e equipamentos apropriados. Essa modalidade de esporte radical é muito difundida no mundo inteiro, principalmente na Nova Zelândia. Seu nome, origina-se da região do Tirol, onde foi desenvolvida.

Cavalgada

Percorrer a cavalo percursos em meio à natureza. É uma atividade especialmente indicada para terrenos muito acidentados ou em terrenos onde o tráfego de veículos não seja possível ou permitido, especialmente se necessário transportar equipamentos para outras atividades.

Passeios a pé em veredas e "levadas"

A ilha da Madeira, a meio ao oceano Atlântico, é um local muito procurado para passeios a pé ao longo de veredas e também em levadas.

Snorkeling e flutuação

A flutuação é um passeio em que o turista flutua, equipado com roupas de neoprene, colete salva-vidas, máscara e snorkel, em um trecho de rio, geralmente com pouca velocidade de correnteza, e observando a fauna e flora aquática. Como é um passeio de ecoturismo, existem regras a serem seguidas, visando a conservação do ambiente aquático. Na região de Bonito e Jardim, no estado de Mato Grosso do Sul, existem passeios de flutuação em rios de água cristalina, com alta biodiversidade, belíssimos.

Bóia-cross

O Bóia-cross, é a prática de descer corredeiras classe II (leves) em grandes bóias redondas. A atividade inclui brincadeiras no rio e é acompanhada por canoístas profissionais que garantem a segurança dos participantes.

Observação de aves

A observação de aves é o passeio de ecoturismo que tem como objetivo a observação das aves em seu habitat natural, sem interferir no seu comportamento ou no seu ambiente. Tal roteiro constitui uma forma legítima de exploração ecoturística das áreas naturais, visto ser uma prática de baixo impacto. O público que procura este tipo de atividade é um público específico que possui alto grau de consciência ambiental, estando atento e adotando seriamente as práticas de mínimo impacto em ambientes naturais. Lugares que possuem vocação natural para a exploração dessa atividade são áreas naturais em bom estado de conservação, com boa infra-estrutura receptiva e que já possuam catalogadas as espécies de aves que ocorrem na área. Em geral, os roteiro de observação de aves são desenvolvidos primordialmente em trilhas e horários distintos dos utilizados no programa turístico normal, e são acompanhados de guia especializado.No Sudeste do Brasil, proximo ao Rio de Janeiro, na reserva florestal de Macaé de Cima, podem ser vistas espécies de pássaros quase extintas no resto do Brasil, pois esta reserva representa 70% de mata verde existente no sudeste, atrás em importancia apenas da floresta amazônica.

Cicloturismo

Cicloturismo é uma modalidade turística onde o principal meio de transporte é a bicicleta e o Cicloturista, turista que pratica Cicloturismo, passa pelo menos um pernoite fora de seu local de convívio habitual, além de ser uma atividade não competitiva.

Observação de fauna e flora

Espeleologia

Estudos do meio

Trekking

Paragliding

O parapente (paraglider em inglês) é um aeroplano (aeronave mais pesada do que o ar), em cuja asa (inflável e semelhante a um pára-quedas, que não apresenta estrutura rígida) são suspensos por linhas o piloto e possíveis passageiros.

Asa-delta

Balonismo

Canyoning

Descidade penhascos e/ou cachoeiras, com auxílio de equipamento especial (rappel)

Rafting

O rafting é uma atividade praticada em botes com capacidade de 5 a 7 pessoas no máximo, sempre conduzido por um guia profissional e canoístas para garantir a total segurança dos praticantes.Em alguns lugares do Sudeste do Brasil, como os vilarejos de Lumiar e São Pedro, se pratica este esporte, pela abundancia de rios, cachoeiras, aliado ao clima fesco já que as vilas se situam nas montanhas, e à beleza da floresta da reserva de Macaé de Cima, proximo a Nova Friburgo e e a apenas duas horas da cidade do Rio de Janeiro.
Turismo geológico

Turismo geológico é o turismo que tem por fim visitar locais de elevado valor geológico, como vulcões e geoparques.

Os Dez Mandamentos do ecoturista

Amarás a Natureza sobre todas as coisas.
Honrarás e preservarás o bom humor;
Estarás sempre pronto a colaborar;
Serás capaz de te adaptares aos imprevistos;
Utilizarás os serviços dos guias credenciados;
Não reclamarás;
Não invocarás o nome do guia em vão, para perguntar se falta muito para chegar;
Não matarás mosquitos, formigas e carrapatos;
Não considerarás chuvas, atoleiros ou pontes quebradas como imprevistos;
Não poluirás o meio-ambiente.

Cinco Mandamentos do Ecoturismo

Da natureza nada se tira a não ser fotos.
Nada se deixa a não ser pegadas.
Nada se leva a não ser recordações.
Andar em silêncio e em grupos pequenos.
Respeitar uma distância dos animais, evitando gerar stress.